Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é reconhecida como patrimônio pelo Senado; lei segue para sanção presidencial 1y396r
Espetáculo deve ser oficialmente incorporado ao conjunto de bens imateriais protegidos pelo Estado brasileiro; PL é do deputado Felipe Carreras (PSB) x1n33

O Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 4409/2021, que declara o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, encenado no maior teatro ao ar livre do mundo localizado em Brejo da Madre de Deus (PE), como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O PL é de autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB/PE).
A proposta já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados e segue agora para sanção presidencial. Com isso, o espetáculo será oficialmente incorporado ao conjunto de bens imateriais protegidos pelo Estado brasileiro, assegurando maior visibilidade e apoio à sua continuidade.
'Orgulho pernambucano' 2s236z
"É um motivo de orgulho para todos os pernambucanos”, afirmou Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova.
"É o reconhecimento da grandiosidade e da relevância cultural do legado deixado por Plínio e Diva Pacheco, idealizadores e construtores da Nova Jerusalém, que dedicaram as suas vidas a transformar um sonho em símbolo de fé, arte e identidade nacional", completou.


"A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é um patrimônio do nosso povo. Mais do que um espetáculo, ela representa fé, tradição e identidade. Essa conquista é de todo o povo pernambucano", disse Carreras.
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado, o reconhecimento do espetáculo é importante para a cultura brasileira, pois preserva a tradição cultural e religiosa do país.
Histórico 665jq
A história do espetáculo remonta aos anos 1950, quando o comerciante Epaminondas Mendonça organizava encenações do Drama do Calvário nas ruas de Fazenda Nova. Inspirado por uma reportagem sobre a cidade de Oberammergau, na Alemanha, ele decidiu realizar algo semelhante no Agreste pernambucano.
O projeto ganhou corpo a partir de 1956, com a chegada de Plínio Pacheco, idealizador da cidade-teatro. A primeira apresentação em Nova Jerusalém aconteceu em 1968. Desde então, o espetáculo já atraiu milhões de espectadores e se consolidou como um dos principais eventos culturais e turísticos do Brasil durante a Semana Santa.
Com a participação de mais de 400 atores e figurantes, o espetáculo é encenado em uma cidade teatro possui uma área de 100 mil m² cercada por muralhas de pedra de três metros de altura e 70 torres de sete metros.
Em seu interior, nove palcos plateia reproduzem ambientes como arruados, lagos, jardins, palácios e o imponente Templo de Jerusalém, proporcionando uma ambientação realista e envolvente para o público.