Como tornar as festas juninas mais inclusivas para pessoas com autismo w622
Especialista explica como adaptar os festejos para garantir acolhimento e bem-estar, respeitando os desafios sensoriais de pessoas no espectro 24551h

As festas juninas movimentam escolas, praças e comunidades, especialmente no Nordeste, com danças, músicas, fogueiras e comidas típicas.
No entanto, para que sejam de fato inclusivas, é essencial que considerem as necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que podem se sentir desconfortáveis com os estímulos sensoriais intensos dessas celebrações.
“Pessoas neurodivergentes também têm o direito de viver as festas e tradições culturais. Participar dessas comemorações é uma forma importante de estimular a socialização, fortalecer vínculos com a comunidade e se conectar com a nossa cultura”, afirma a psicóloga Frínea Andrade, especialista em autismo e em Análise do Comportamento Aplicada.
Ações práticas tornam a festa mais ível 4v6pd
Entre as orientações da psicóloga estão:
- Espaços tranquilos e silenciosos, onde a pessoa possa se reorganizar sensorialmente;
- Controle do volume do som e da intensidade das luzes, evitando sobrecarga;
- Uso de fogos silenciosos, mais amigáveis para quem tem sensibilidade auditiva;
- Apoio visual, com cartazes, imagens e quadros de rotina para ajudar na compreensão do evento.
“Seja nas festas escolares ou em outras programações sociais, é fundamental realizar uma aproximação gradual da pessoa com autismo aos estímulos da celebração. Isso significa apresentar, aos poucos, os elementos novos do ambiente para que a experiência seja positiva. Famílias, profissionais e a rede de apoio podem utilizar estratégias como histórias sociais com imagens e marcar os dias de festa no calendário para dar previsibilidade. Para quem tem sensibilidade auditiva, o uso de abafadores de som pode ser um recurso importante”, orienta Frínea Andrade.
O papel da família é essencial 1p3616
Para que a experiência seja confortável, a preparação começa dentro de casa. Isso inclui experimentar a roupa típica dias antes, para que a pessoa se familiarize com os tecidos e órios, além de introduzir músicas e danças típicas no dia a dia, criando um ambiente mais previsível.
“Como muitas pessoas autistas têm um pensamento mais concreto, a apresentação antecipada do que irá acontecer na festa, por meio de imagens, vídeos e sequências visuais, auxilia na organização mental e na redução da ansiedade. Além disso, é recomendável chegar mais cedo ao local da festa, quando o ambiente ainda está calmo. Isso facilita a adaptação gradual da pessoa com autismo aos estímulos do espaço”, explica a psicóloga.
Como agir em situações de desregulação sensorial? 5v6h2s
Mesmo com todos os cuidados, é possível que haja momentos de desconforto ou sobrecarga. Nesses casos, o acolhimento é indispensável.
“Se houver, retire-a do ambiente de forma acolhedora e leve-a para um local com menos estímulos, como uma sala preparada para isso ou até mesmo para dentro do carro. Também pode ser útil fazer pausas, sair e voltar à medida que a pessoa se reorganiza. Com respeito e previsibilidade, é possível adaptar a experiência e permitir que a pessoa com autismo também aproveite a festa à sua maneira”, orienta Frínea Andrade.
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